terça-feira, 12 de setembro de 2017

Poema - Liberdade

Então achei que eu era especial
Jurei que tudo seria diferente
Mas vi que você foi no final
Só mais uma praga pra minha mente

Fui apenas um brinquedo teu
Mais um naquela prateleira fria
Sem luz, deixado no breu
Aguardando pelo meu dia

Ó, Grande Rainha do Drama
Só mais um vil titereiro você é
Envolvendo-me em sua trama
Arrastando-me como a maré

Pois no final tudo é uma peça
Em sua mente mil vezes ensaiada
E para lá você de novo regressa
Usando sua máscara de coitada

E nessa sua fantasia nada muda
O papel de vítima assume com primor
E mais uma vez finja que se iluda
Queime-me com seu nefasto terror

Mesmo que você não assuma
Você sabe muito bem
A verdade é apenas uma
Suas trevas poupam ninguém

Mas uma luz para mim veio
E por mim mesmo enfim orei
Pela liberdade veio o anseio
E meus grilhões enfim quebrei

Deixo-te então na tua amargura lamentar
E finalmente ando sem olhar para trás
O sol nasce, um novo dia está para raiar
Sem mais medo, sinto enfim paz