sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Poema - Templo da Ignorância

Uma mentira muitas vezes dita
Se torna uma verdade então?
Pois você se engana, admita
Sei que não é só impressão
O que te contraria, você evita
Minhas palavras não são exceção

Ajuda foi o que não te faltou
Para as paredes ao seu redor levantar
Família que nunca te criticou
Mentes torpes, sempre a te mimar
Amigos que sempre você amou
Seres vazios, nunca a te contrariar

Abomina sempre o diferente
A novidade pra ti é tão nociva
Age sempre tão cegamente
A opinião alheia é tão opressiva
Rodeado sempre por sua gente
Uma realidade tão enoativa

Você não quer mais se machucar
Palavras te cortam como uma faca
Você não quer ter mais que lutar
Esconda o quanto sua mente é fraca
Você não quer mais ter que chorar
Mas não consegue fechar essa matraca

Então você ouve o que quer ouvir
Enquanto o resto você descarta e ignora
Já não vou mais contigo discutir
Se iluda do jeitinho que você mais adora
Pra que mesmo alguém tem que evoluir
Quando se pode deixar a verdade lá fora?

E eu já não quero mais nem saber
Daquelas conversas sem importância
Muito menos quero continuar a te ver
Do teu mundinho quero só distância
Porque parte disso eu não vou fazer

Desse teu maldito templo da ignorância

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