The Barbaric King
O
Rei Bárbaro
Sem hesitar, Tristan desferiu
uma seqüência de mais de dez ataques com sua espada. Sem dificuldades, o líder
dos bárbaros bloqueou todos os ataques com sua arma e, aproveitando uma brecha
na guarda do oponente, acertou um soco em seu estômago.
“Droga...”.
O guerreiro das Trevas arfou pelo
ar perdido de seus pulmões. Mesmo protegido por sua armadura, a expressão de
dor no rosto de Tristan mostrou que o golpe havia sido efetivo.
Entretanto, antes que Tristan
pudesse se recuperar, a espada desceu em um corte vertical contra sua cabeça. O
ataque derrubou o guerreiro das Trevas. O chão rachou-se onde a cabeça de Tristan
se chocou.
—
Então...esse é o tal truque que vocês conseguem fazer com sua aura? — O bárbaro perguntou.
Tristan grunhiu. O guerreiro
ainda não havia recuperado o fôlego.
—
Enfim...nada mal esse truque, devo admitir. —
O líder bárbaro disse. —
Se não fosse por isso, você já estaria morto. —
Ele colocou a espada a sua frente e se apoiou nela. — Bem...agora que você está um pouco mais
calmo...que tal nos apresentarmos um ao outro?
Tristan se levantou bufando.
Seus olhos brilhavam intensamente.
—
Claro...por quê não? —
Tristan sorriu mesmo estando claramente irritado. — Onde estão minhas maneiras, não é? — Ele riu. —Eu sou Tristan. Escolhido
do Lorde das Trevas, Nidhogg.
—
Ora...eu não que eu estava enfrentando um oponente tão formidável. — O bárbaro levantou a
espada apenas com a mão direita e a apoiou sobre o ombro do mesmo lado. — Eu sou Stor, o rei dos
bárbaros de Isbjerg.
—
Certo... — Tristan
voltou a apontar sua espada contra o adversário. —
Desculpe-me por subestimá-lo. Eu tinha que ter certeza de que você era
realmente forte.
—
Ora...você duvidou de minha força? De minha grandeza?
—
Sim. Por isso que eu me desculpei. Agora, vamos voltar para a luta.
—
Ora... — Stor riu
sinistramente. — Eu
não acredito...
—
O quê...?
“Ele...se ofendeu...?”.
Tristan riu.
—
Você duvida da minha grandeza, seu verme!? —
A voz de Stor ecoou pela sala. —
E, ainda por cima, ri!?
—
Se eu soubesse que era tão fácil assim zombar e irritar um rei, bem...eu faria
com mais freqüência. —
Tristan riu novamente.
—
Eu não estou entendendo o que vocês estão falando, já que eu não falo o idioma.
— Disse Shadowing. — Mas imagino que você o
esteja provocando.
—
Bem...eu estou rindo e ele está irritado...então...é. — Tristan sorriu. — Eu nem estou tendo que me esforçar.
—
Um tanto quanto infantil, não? —
O Demônio perguntou.
—
Bem...talvez. —
Tristan admitiu. —
Mas...até que é eficiente. Logo, logo ele vai...
Antes que Tristan pudesse
terminar de falar, um machado foi arremessado em sua direção. Em uma fração de
segundos, o guerreiro das Trevas se agachou e arma passou por cima de sua
cabeça por alguns centímetros.
—
Verme! — Stor bradou
indignado. Ele estava junto a uma parede onde haviam algumas armas expostas.
Agora, havia um espaço vazio. —
Além de tudo, você ignora o seu oponente em plena batalha! Idiota! Você não
merece o meu respeito...e muito menos a minha misericórdia!
Antes que Tristan pudesse
argumentar algo, Stor pegou uma adaga da parede e a arremessou contra o
adversário. Sem dificuldades, o guerreiro das Trevas deu um passo para a
direita e, com sua mão esquerda, ele apanhou a arma pelo cabo.
—
Nada mal. — Stor
grunhiu. — Agora,
arremesse-a de volta. Ou maneje-a. Tente me atacar de perto com ela.
—
Não. — Tristan olhou
seriamente para o oponente. —
Não esta adaga, pelo menos.
Em instantes, a lâmina começou
a derreter enquanto estava nas mãos do guerreiro das Trevas. Tristan arremessou
o que restou da arma no chão. Com um sorriso no rosto, ele invocou uma adaga
escarlate.
—
Muito bem. — Stor
levantou sua espada acima de sua própria cabeça. —
Arremesse-a!
—
Você pretende golpear a minha adaga com um golpe vertical com sua espada...? — Tristan riu. — Ótimo.
O guerreiro das Trevas
arremessou a adaga contra Stor. Com um movimento preciso, o rei bárbaro golpeou
a lâmina e, no mesmo instante, a arma escarlate explodiu.
“Idiota...”.
Entretanto, Stor manteve-se no
mesmo lugar. Tristan arregalou os olhos.
Com apenas leves arranhões na armadura, o rei bárbaro apontava sua
espada contra seu oponente.
—
Até que essa sua armadura é resistente. —
Tristan admitiu.
—
Tolo! — A voz de Stor
soava ainda mais firme. —
Nenhuma de suas armas poderá me derrotar!
—
Bem...nesse caso... —
O guerreiro das Trevas fez com que sua espada desaparecesse. — ...creio que não há
motivos para eu usá-la, não é?
—
Ah... — O rei bárbaro
riu. — Qual é o seu
plano? — Usar apenas
as suas malditas magias?
—
Exatamente. Chame de “malditas” as coisas que vocês bárbaros não entendem.
—
As magias não são originadas por humanos.
—
Exatamente. São dádivas. São presentes dos nossos deuses.
—
Esses seus deuses...são fraudes. Eles usam os poderes deles para influenciar no
mundo de nós, mortais. —
Stor riu. — E, além
de tudo, eles podem morrer. Eles são apenas como nós.
—
Claro...com a exceção do fato que os poderes deles são muito maiores do que os
nossos. E que eles podem viver eternamente caso não sejam assassinados. E que
nós podemos aprender suas magias sem a influência deles.
—
Isso não importa.
—
Como assim!?
—
O grande problema é a nomenclatura.
—
Explique.
—
Eles não podem ser chamados de deuses.
—
Claro que podem. A escolha não cabe a você. Nem a nenhum bárbaro ignorante.
Muito menos aos seres lendários que a imaginação fértil de vocês criou.
—
Como ousa chamar os nossos deuses...!?
Antes que Stor terminasse de
esbravejar, Tristan arremessou mais uma adaga escarlate. Já que o rei bárbaro
estava com a guarda baixa, o ataque atingiu-o em cheio no peito. Novamente, a
armadura aguentou o golpe facilmente.
—
Antes que você esbraveje novamente, permita-me dizer algo antes. — A voz de Tristan era
extremamente calma. —
Eu me recuso a discutir qualquer coisa com alguém que, quando está sem
argumentos, eleva o tom de voz. Entenda...gritar não é um argumento. —
A aura de Tristan brilhou em um tom escarlate intenso. — Perdi a vontade de falar com você. Vamos
apenas lutara partir de agora.
Stor urrou. O rei bárbaro
avançou contra Tristan sem hesitar. O guerreiro sombrio se transformou em
trevas e surgiu atrás do oponente. Com o punho envolto por sua aura escarlate
intensa, Tristan socou as costas de Stor. Sem nem sentir o impacto do golpe, o
bárbaro se voltou para o inimigo e o atacou novamente. De imediato, Tristan se
transformou em trevas e surgiu atrás de Stor mais uma vez. Novamente, o
guerreiro socou as costas do rei bárbaro. Sem poder acertar o adversário, Stor
se frustrou enquanto Tristan manteve sua estratégia. Sem dificuldades, o
guerreiro das Trevas acertou mais de dez socos nas costas do oponente.
—
Basta! — Stor bradou.
—
Você está certo. —
Tristan se afastou do inimigo ainda em forma de trevas. Após se distanciar por
mais de três metros, o guerreiro sombrio sorriu.
—
Como?
—
Cansei de fazer a mesma coisa repetidamente. —
Tristan abriu os braços. —
Pode vir. Eu não tentarei desviar.
—
Não zombe mim!
—
Ah...claro. — Tristan
invocou sua espada de volta. —
Melhor?
—
Sim... — Stor
grunhiu. —
Prepare-se!
O rei bárbaro correu contra
Tristan.
“Idiota...”.
Com um estralar de dedos,
várias marcas escarlates brilharam nas costas. Em uma fração de segundos, uma
explosão enorme envolveu Stor. O chão rachou em volta do bárbaro. Uma nuvem de
poeira se ergueu.
—
Então...os socos foram por isso? —
Shadowing perguntou. —
Apenas para deixar as marcas explosivas nele?
—
Sim. — Tristan
respondeu. — A não
ser que você realmente acreditasse que eu poderia quebrar aquela armadura
apenas com os meus punhos.
—
Não. Não mesmo. — O
Demônio riu.
—
Só não acredito que esses dois perderam pra ele. —
Tristan apontou para Gabriel e Migrasi que estavam deitados em canto longe
tanto de Shadowing tanto dele mesmo. —
Eu achava que vocês eram mais fortes.
—
Cale-se. — Gabriel
retrucou. — Ele é
mais forte do que você imagina. O único problema dele, como guerreiro, é que
ele gasta muita energia muito rapidamente. Ele lutou com muito mais afinco e
energia contra mim do que contra Migrasi...e, conseqüentemente, ele lutou muito
melhor contra o Migrasi do que contra você. —
O guerreiro da Luz respirou fundo. —
Fora que a qualidade do equipamento dele é impressionante. Tanto a espada
quanto a armadura...simplesmente incríveis.
—
Bem...admito que, nisso, os bárbaros são muito bons. — Tristan bufou. — Os ferreiros deles são inigualáveis...
De repente, uma lâmina
atravessou o ombro esquerdo do guerreiro das Trevas.
“O quê...?”.
Mais de meio metro de metal
azul transpassou sua armadura e seu corpo em um instante.
—
Ainda bem que você reconhece o valor do metal trabalhado por nós. — Stor arfou. — Ainda bem que você
reconhece o valor daquilo que te matou.
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