Eles foram construídos. Criados em laboratório para
servir apenas um propósito: enfraquecer a humanidade.
Digo enfraquecer por que o objetivo nunca foi eliminar os
seres humanos. Pelo menos, não a todos. A humanidade tinha que sobreviver para
se reerguer e, então, seguir seus novos líderes.
E quem seriam os santos que guiariam a raça humana, você
pergunta? Ora, isso é óbvio: aqueles que providenciaram suprimentos para nós, aqueles
que não deixaram a nossa esperança acabar, aqueles que, “no fim”, criaram uma
cura.
É claro que eu me refiro à união dos líderes mundiais.
E esses magnatas foram aqueles que criaram os zumbis.
Um plano bem elaborado, não?
Aqueles desalmados enfraquecem a humanidade com um
exército de monstros que eles podiam destruir a qualquer momento. Ainda mais
genial foi o daqueles homens e mulheres se tornarem os heróis da raça humana.
O nosso messias era um ser com muitos nomes e rostos. Mas
nós o seguimos mesmo assim.
Até que o segredo veio à tona.
Esse tipo de coisa ia acabar sendo revelado. Alguém ia
acabar dando com a língua entre os dentes. Isso era óbvio.
Afinal, você seria capaz de manter algo obscuro como isso
em segredo? Com sua mente sendo corroída aos poucos pela culpa?
Talvez sim, talvez não.
Alguns conseguiriam. Outros não.
E foi assim que o segredo deixou de ser segredo.
E foi assim que a humanidade se voltou contra os seus líderes.
E foi assim que as chamas da revolução queimaram.
E, bem, aqui estamos.
O que existia de civilização não existe mais.
O Apocalipse Zumbi havia deixado praticamente tudo em
ruínas. A revolução causou ainda mais dano. A anarquia destruiu o que sobrou.
Mas, quem sabe? Essa pode ser uma segunda chance para a
humanidade e para o próprio planeta.
Uma nova era está por vir e eu vou fazer parte dela.
Será que mudaremos o mundo? Ou faremos os mesmos erros?
Apenas o tempo dirá.
Por ora, tenho uma nova vida para construir com a minha
família.
Até logo.
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