Confronto
Enfrentar animais selvagens não era a especialidade da
maioria dos mercenários ali reunidos. Entretanto, um confronto com alguns lobos
não seria um problema, independentemente do tamanho deles.
Mais e mais criaturas pareciam surgir. Os animais
tentavam cercar os mercenários e o Mago, separando-os um dos outros. Porém, a
maioria deles já estava acostumada a lutar individualmente. A estratégia das
feras era boa, mas não era tão efetiva contra os adversários em questão.
Juggernaut olhos para os seus lados. À esquerda, bem como
à direita, havia um lobo. O guerreiro segurou sua espada, firmemente, com ambas
as mãos. No momento em que os lobos avançaram, ele se voltou para a direita e
atacou. Com um golpe horizontal, vindo da esquerda para a direita, Juggernaut
decepou o topo da cabeça de um dos lobos bem acima do focinho da fera.
Inabalada, a outra criatura pulou nas costas do guerreiro, tentando fincar suas
garras no oponente, agarrando-se nele. Entretanto, a armadura era resistente.
As garras criaram pequenos sulcos na superfície de metal, mas não atingiram a
pele de Juggernaut. Mesmo assim, aquela não era a intenção do lobo. Uma vez nas
costas do guerreiro, a fera atacou com uma mordida a cabeça do adversário. As
presas do lobo eram consideravelmente mais poderosas do que suas garras. Logo,
o elmo de Juggernaut começava a ser triturado. Rapidamente, o guerreiro,
utilizando a sua mão esquerda, agarrou a fera de suas costas e a arremessou
para frente. O lobo atingiu o solo. O impacto parecia não ter causado muito
dano à fera. Rapidamente, a criatura já estava de pé. Sem hesitar, o lobo pulou
contra Juggernaut. Novamente, o guerreiro utilizou sua mão esquerda contra a
fera. Desta vez, ele agarrou o lobo em pleno ar, apertando o pescoço do animal.
Rapidamente, Juggernaut atacou com o pomo de sua espada que estava na mão
direita. O golpe deixou a fera aturdida. Logo, o guerreiro a soltou, deixando a
criatura cair no chão e, então, atacando com sua espada. Com um golpe vindo de
cima para baixo, Juggernaut acertou o estômago do animal, transpassando suas
costas e erguendo o agora corpo sem vida do lobo.
Silver contemplava calmamente as três criaturas a sua
frente. Ele tinha certeza que elas tentariam atacar todas de uma vez. Assim,
não havia como o mercenário se defender. Logicamente, ele teria que usar uma de
suas armas favoritas: os seus cristais. Rapidamente, Silver retirou de seu
cinturão um cristal amarelo e o esmagou com a mão direita. Ao apontar para
frente, raios surgiram de seus dedos. Em um piscar de olhos, a descarga
elétrica acertou o lobo que estava no meio dos outros. Instantaneamente, o pelo
da fera se encolheu, defensivamente, com todos os fios de pelo de seu corpo
arrepiados e, enfim, permanecendo paralisada naquela posição. As duas outras
criaturas rosnaram. Silver sorriu satisfeito. Rapidamente, os dois lobos vieram
contra o mercenário simultaneamente, como era esperado. Sem hesitar, Silver
arremessou sua adaga contra o lobo que estava à esquerda. A arma atingiu a
cabeça da fera, exatamente entre os seus olhos, matando-a no instante em que a
lâmina atravessou seu crânio. Entretanto, a outra criatura ainda avançava
contra Silver que, agora, estava desarmado. Erguendo o braço direito,
rapidamente, o mercenário pôde se defender das garras do lobo e, ainda por
cima, golpear a fera. O golpe, entretanto, não causara dano à criatura, mas foi
o suficiente para abrir um pouco de espaço entre os dois. Usando esta vantagem,
Silver levou sua mão direita ao seu cinturão, pegando, desta vez, uma jóia
azulada, quase branca: o cristal com o poder do gelo. Com isso, o mercenário
congelou as patas do lobo no chão. Com uma expressão de alívio no rosto, Silver
andou calmamente até o lobo que ele havia matado com sua adaga e, com força,
puxou a sua arma do crânio do animal morto. Agora armado, o mercenário atacou o
estômago do lobo que, indefeso, apenas rosnava. Um golpe bem aplicado fora o
suficiente para ceifar a vida daquela criatura. Com a mesma calma, ele agora
andou até o lobo que havia sido paralisado. A fera caminhava na direção de
Silver. Claramente, o efeito da paralisia havia chego ao fim. Porém, o animal
parecia entorpecido. Claramente, os raios haviam causado algum dano à fera. Com
um movimento lento, o lobo tentou atacar Silver com suas presas. Rapidamente,
ele desferiu um golpe horizontal com sua adaga. Em um instante, a arma do
mercenário havia cortado a garganta do animal que, em poucos instantes, estaria
morto.
Judge tentava se concentrar. A sua frente havia dois
lobos. Atrás, havia mais um. Os rosnados das criaturas não a incomodavam. Sua tranqüilidade
naquele momento era quase desumana. Judge apostava que sal melhor chance de
vencer aquelas ágeis criaturas era contra-atacando. Assim sendo, ela não se
movia. Seus braços estavam abaixados. Entretanto, ela carregava seu escudo na
mão esquerda e, na direita, ela segurava o cabo de sua espada que estava
embainhada. Após alguns segundos, as feras pararam de rosnar e, então,
avançaram. Quase como se tivesse levado um choque, Judge resolveu agir. Após dar
um passo largo para frente, a guerreira, em um único movimento, estendeu seu
escudo para frente enquanto desembainhava sua espada. A lâmina atingiu a
criatura à direita, decepando sua perna dianteira direita. Enquanto isso, o
escudo acertou a face do lobo que estava à esquerda, arremessando-o para trás e
o aturdindo. Com um passo rápido para a esquerda, Judge desviou da investida da
criatura que estava atrás dela. Então, em seguida, a guerreira golpeou a cabeça
da fera ao seu lado com o escudo, aturdindo mais um de seus oponentes. Rapidamente,
ela atacou a criatura a sua frente, cravando a espada nas costas do lobo.
Enquanto Judge calmamente retirava sua arma do corpo da fera morta, as outras
duas voltaram a rosnar. A guerreira fitou os dois adversários. Claramente, o
lobo que estava à esquerda avançaria mais rápido. Assim, ela ignorou
momentaneamente a outra fera. Vorazmente, a criatura da esquerda atacou. Mais
uma vez, Jugde golpeou a fera com seu escudo, aturdindo o oponente ainda mais
do que antes. Assim, tranquilamente, ela pôde atacar o lobo com uma estocada,
perfurando o crânio do animal. Ao virar a cabeça para trás, a guerreira viu
que, sorrateiramente, a outra fera se aproximava dela. Apesar do sangue que
escorria do ferimento, o lobo parecia determinado a atacar. Entretanto, aquilo
não era um oponente digno para Judge. Com o pomo de sua espada, a guerreira
golpeou a cabeça da fera, arremessando-a ligeiramente para trás e, por fim,
fazendo-a virar seu focinho para o lado esquerdo, como reflexo após receber um
golpe. Com essa posição, Judge não podia hesitar em atacar. Com um golpe
vertical, vindo de cima para baixo, ela decapitou o último lobo.
Huntress precisava de espaço. Enfrentar dois lobos seria
muito fácil para ela. Mas, para isso, ela precisava estar a uma distância
segura para poder atacar com seu arco e suas flechas. Com as duas feras tão
próximas dela, talvez ela não tivesse tempo de preparar o seu ataque. Por isso,
ela teria que ser ágil. Sendo assim, com o arco nas costas, a mercenária
começou a correr para longe. Rosnando, as feras a seguiam vorazmente. Em meio
ao caos das outras lutas que aconteciam, a arqueira planejava e executava
rapidamente todos os seus movimentos. Sem aparente dificuldade, ela atravessou
o campo de batalha sem sofrer qualquer tipo de dano. Entretanto, a sua dupla de
oponentes também estava intacta. Pelo menos, para a felicidade de Huntress, ela
havia conseguido abrir alguma distância em relação às feras. Pelo julgamento
dela, aquilo não seria o suficiente para resolver lutar, principalmente em uma
situação como aquelas: um campo aberto sem ter onde se proteger. Porém, um
sorriso surgiu no rosto dela ao ver, não muito longe dali, uma daquelas
estruturas de metal esmagadas contra o solo. Com um pouco de sorte e muita
habilidade, aquilo mudaria aquela situação para a melhor. Determinada, Huntress
correu até a estrutura de metal contorcida. Ela não era mais rápida que os
lobos, mas, por causa da distância inicial, talvez ela conseguisse chegar ao
lugar antes que as criaturas. E, assim, por uma questão de centésimos de
segundos, a mercenária chegou até a estrutura de metal e pulou por cima dela.
Rapidamente, ela se agachou atrás da proteção improvisada e puxou seu arco das
costas. Como esperado, um dos lobos pulou por cima da estrutura de metal e
correu por mais um segundo. Quando a fera percebeu o que havia acontecido, ela
se virou para trás. No mesmo instante, uma flecha partiu do arco de Huntress. O
projétil acertou o animal exatamente entre os olhos, matando-o
instantaneamente. Entretanto, a arqueira não tinha tempo para comemorar. Ela
sabia que a outra criatura não havia aparecido. Então, ao olhar para a direita,
Huntress a viu. A fera estava se encolhendo, preparando-se para uma investida.
Rapidamente, dando um chute contra a estrutura metálica, a arqueira saltou por
cima do lobo, desviando do ataque do animal e, ainda por cima, agarrando a
criatura, puxando-a com o arco para perto de si. Entretanto, a fera não estava
completamente imobilizada. Ferozmente, o lobo se debatia, tentando se libertar.
Então, rapidamente, Huntress puxou uma flecha de sua aljava e, sem hesitar, a
cravou na cabeça da criatura, bem acima do olho esquerdo, tirando a sua vida.
Pierce parecia estar impaciente. A especialidade dele
eram duelos contra outros guerreiros. Feras selvagens não tinham a mesma graça
ou habilidade lutando. Ele sentia que todo o seu treinamento em esgrima seria
desperdiçado em uma luta bruta como aquela. Além disso, Pierce não gostava ter
que enfrentar mais de um inimigo ao mesmo tempo. Um único oponente digno era
muito mais satisfatório de derrotar do que vários insignificantes. Mas, sem
outra opção, ele apontava o seu florete exatamente para o meio dos dois lobos e
esperou eles atacarem. Após rosnarem pelo o que parecia ser uma eternidade para
Pierce, as duas criaturas avançaram simultaneamente. Com claro desgosto no
rosto, o esgrimista puxou algo de um bolso. Era um cristal elétrico. Sem
hesitar, ele esmagou a jóia com a mão esquerda e apontou para o lobo que estava
à direita. Instantaneamente, a criatura, agora com os pelos arrepiados, fora
paralisada. Enquanto isso, o outro lobo investiu contra Pierce. Enquanto o
animal estava no meio no ar, o esgrimista atacou. O florete acertou o pescoço
da fera, perfurando-o e tirando a vida do lobo. Em seguida, Pierce olhou para a
outra criatura. Claramente, o efeito da paralisia ainda não havia passado. Por
mais que matar um inimigo indefeso não o agradasse, o esgrimista detestava ter
que continuar lutando contra aquelas feras selvagens. Após respirar fundo,
Pierce se aproximou do animal e, com seu florete, atravessou, da direita para a
esquerda, a cabeça do lobo.
Psycho parecia agitado. Ele girava os machados nas mãos
enquanto observava os três animais a sua frente. O trio de feras apenas
rosnava. Aquilo, a princípio, havia deixado o mercenário animado para lutar. Passados
alguns segundos, ao ver que os animais pareciam estar tendo algum tipo de
conversa, Pyscho ficou entediado. Assim sendo, ele guardou um dos machados nas
costas e tirou um cristal do bolso. A jóia, vermelha, tinha o poder do fogo.
Com a mão esquerda, ele apertou a pedra até a esmigalhar e, então, lançou uma gigantesca
bola de fogo. Apesar de grande, o projétil era lento. Ao se evadirem para trás,
o trio de criaturas se safou do ataque tranquilamente. Entretanto, acertá-los
não era a intenção de Psycho desde o começo. Ao se chocar contra o solo, a
esfera de fogo se transformou em uma parede de chamas. A ação surpreendeu os
animais. Aquilo fez com que eles não reagissem. E era exatamente isso o que
Pyscho queria. Através das chamas, um machado foi arremessado, cortando o topo
da cabeça de uma da fera que estava à esquerda ao meio. Um segundo depois, o próprio
mercenário pulou através do fogo, caindo exatamente com a lâmina de seu outro
machado na cabeça do lobo da direita, cortando toda a cabeça do animal ao meio.
Ao olhar para o lado, porém, Psycho viu que a criatura remanescente pulava para
atacá-lo. Deixando seu machado no chão, o mercenário agarrou o animal no meio
do ar e, então, o arremessou metros para trás. Calmamente, Pyscho pegou um de
seus machados de volta e encarou a última das feras. Ela parecia não ter recebido
dano algum e, então, já tomava mais distância para investir contra o
mercenário. Agitado, Psycho resolveu correr contra a fera. Em poucos instantes,
os dois já estavam cara a cara. No momento em que o lobo saltou para atacar,
Pyscho se jogou no chão, deslizando por baixo da criatura e, rapidamente,
golpeando a barriga exposta do lobo, abrindo um corte vertical perfeito no
animal. O mercenário, então, levantou-se para pegar seu outro machado enquanto
a fera sangrava até a morte.
Ghost e Specter estavam um ao lado do outro. Aparentemente,
nem aquelas criaturas conseguiriam separar os irmãos assassinos. Entretanto,
haviam, no momento, cinco feras ao redor da dupla. Os dois preferiam não ter
que enfrentar animais. Afinal, eles foram treinados para serem assassinos, e não
caçadores. Entretanto, em situações de vida ou morte, eles sabiam muito bem que
não podiam se dar ao luxo de escolherem os alvos. Então, os irmãos resolveram
dar tudo de si, como era de costume, nessa luta. Em uma fração de segundos,
Ghost já havia arremessado duas facas. As lâminas acertaram, com perfeição a
testa de dois dos lobos. Enquanto isso, Specter pegou um cristal amarelo e,
então, o quebrou. A carga elétrica percorreu o seu corpo sem lhe causar danos.
Então, ele avançou contra uma duas feras que vinham contra ele. Calmamente,
Ghost desviava dos ataques de outra criatura. Certamente, ela era mais ágil que
o animal. Entretanto, ela ainda não havia conseguido espaço o suficiente para
arremessar outra faca. Specter, agora, por sua vez, atacava duas feras ao mesmo
tempo desferindo, apenas, socos e chutes. A cada acerto dele, parte da carga
elétrica do cristal causava dano contra os animais. Bem como a irmã, ele também
parecia ser impossível de ser atingido. Após alguns instantes, Ghost conseguiu
uma brecha para arremessar uma faca. Entretanto, o alvo não era a criatura a
sua frente. Em uma fração de segundos, a lâmina atravessou o ar e chegou até a
mão direita de Specter. Agora armado, o assassino atacou as feras com a faca.
Dois ataques foram tudo o que ele precisou para desferir os golpes de
misericórdia contra a dupla de lobos, afinal, os dois já haviam sido
enfraquecidos pelos golpes elétricos do assassino. Logo em seguida, Specter
olhou para trás. Tranquilamente, Ghost desviava dos ataques da criatura. O
assassino não gostava que sua irmã se expusesse em lutas corpo a corpo, então,
ele pedia que ela usasse apenas as facas para arremesso que, afinal, eram a
especialidade dela. Assim sendo, Specter concentrou o que restava de
eletricidade nele na faca que estava em sua mão e, então, a arremessou contra o
lobo. A lâmina atingiu as costas do animal que, rapidamente, foi paralisado.
Calmamente, Ghost andou até o lobo e, com um movimento rápido, dilacerou a
garganta da criatura com outra das simples facas de arremesso.
Overseer e o Mago conseguiram, também, formar uma dupla.
Contra eles, porém, estava um desafio: três lobos e, um pouco mais distante, o
Lobo Alfa. Após respirar fundo, o Mago perguntou:
—
Você pode cuidar dos três menores sozinho, Overseer?
— É claro que
sim. — O líder
mercenário respondeu sorrindo. — Divirta-se com
o grandalhão!
— Obrigado.
Calmamente,
o Mago andou na direção do Lobo Alfa. Entretanto, as outras criaturas avançaram
contra ele. Antes que Overseer pudesse dizer alguma coisa, o Mago atacou com
sua arma. Com um golpe horizontal, da direita para a esquerda, ele acertou a
primeira fera que se aproximou, aturdindo-a. O próximo lobo investiu contra
ele. Calmamente, com a ponta regular do cajado, ele atacou o pescoço do animal,
derrubando-o. Por fim, a terceira fera avançou. Em uma fração de segundos o
cajado do Mago mudou de cor. Agora, ele tinha uma cor azulada, quase branca.
Com um movimento rápido, o Mago congelou as patas do lobo no chão.
Tranquilamente, ele continuou andando até o Lobo Alfa. O animal rosnou. O
cajado, então, mudou de cor. A arma, agora, brilhava intensamente como
labaredas.
O
Mago respirou fundo. A criatura uivou e, então, avançou contra ele.
Nenhum comentário:
Postar um comentário