quinta-feira, 12 de março de 2015

Capítulo 5

Forbidden Romance
Romance Proibido

Algumas semanas depois...
“E...esse são os últimos”.
Tristan estava juntamente com alguns de seus soldados reprimindo um ataque de guerreiros bárbaros nas planícies não muito distantes da cidade. Os inimigos usavam armaduras de aço sob peles de animais para aguentarem o frio das Terras do Norte.
Rapazes! Chamou Tristan, dirigindo-se aos seus soldados. Esses três últimos são por minha conta.
Sim, Capitão! Disse um de seus soldados.
Os outros soldados assentiram e deixaram Tristan enfrentar sozinho os últimos três bárbaros. O primeiro avançou rapidamente contra o Capitão com seus dois machados. O bárbaro atacou com uma seqüência de ataques rápidos enquanto avançava implacavelmente. Tristan conseguia evitar a série de ataques, tanto bloqueando com o escudo tanto com a espada, sempre andando para trás. Tristan esperava apenas uma pequena brecha na guarda se seu oponente. Finalmente, o inimigo atacou com os dois machados simultaneamente com um ataque horizontal da direita para a esquerda, deixando exposta parte de seu abdômen. O Capitão então o golpeou com seu escudo, tirando-lhe o ar de seus pulmões, ficando totalmente exposta para um golpe dilacerante na garganta.
E então? Tristan falava num idioma estranho, dirigindo-se aos inimigos remanescentes. Vão apenas ficar observando?
“Graças ao meu pai, posso intimidar esses bárbaros em sua própria língua”.
Tristan riu. Os dois guerreiros se enraiveceram e investiram na direção do Capitão.
“É mais divertido quando todos cooperam”.
Tristan arremessou o escudo na cabeça do bárbaro que carregava uma espada de ferro quase maior que ele próprio, derrubando-o no chão, atordoado. O outro guerreiro avançava com um machado de duas mãos em direção ao Capitão. O inimigo golpeou com um ataque vertical de baixo para cima, mas Tristan apenas desviou com uma cambalhota para a esquerda. O oponente ataca horizontalmente na direção do Capitão agora, porém ele agacha, com a lâmina do machado errando sua cabeça por não mais de dois centímetros. Rapidamente, Tristan ataca com uma estocada a partir de um salto, fincando sua espada no peito do inimigo.
“Só falta um agora”.
O bárbaro com a espada já havia se levantado, porém, ainda estava meio tonto, cambaleando na direção de Tristan.
“Isso não vai ter nem graça”.
O Inimigo levantou a espada e correu na direção do Capitão.
“A pancada deve ter deixado esse infeliz com tanta raiva, ou talvez tão confuso, que ele se esqueceu de manter o mínimo nos termos de defesa. Bem...isso vai ser rápido”.
Antes que o bárbaro pudesse descer a espada em um ataque contra Tristan, o jovem Capitão desferiu uma estocada veloz na barriga no inimigo.
E...pronto. Tristan retirou a espada do corpo do bárbaro e a embainhou em sua cintura. Em seguida, andou até o escudo e o pegou. Ele então se dirigiu aos soldados. O que vocês acharam?
Os soldados começaram a aplaudi-lo.
Exibido. Disse um.
Já vi melhores. Disse outro rindo.
Muito bem, então. Disse Tristan. Ele riu. Vamos voltar para a cidade e para nossa recompensa.
Todos urraram e marcharam de volta para o castelo de White Plains.
Após cair nas graças do Duque novamente, Tristan permaneceu no castelo até a noite, conversando sempre que podia com Maximillian ou com qualquer outra pessoa do local. Secretamente, o jovem tinha outro objetivo: encontrar-se com sua amada. O Capitão desceu lances de escadas até as masmorras do castelo, onde foi recebido por um guerreiro. Ele era alto, mais musculoso que qualquer outro guerreiro de White Plains. Seus olhos eram opacos, não era possível afirmar a cor deles. Seu cabelo era escondido pelo seu elmo e sua barba loira era desgrenhada. Ele carregava um martelo gigantesco feito de aço com um cabo de madeira.
Ah... Tristan! Exclamou o guerreiro. Sempre pontual para seus encontros, não? Ele riu, mostrando seus dentes amarelados.
Não me aborreça, carcereiro. Disse Tristan, com um sorriso no rosto. Os dois riram.
Melhor não deixar sua Isolde esperando.
Tristan assentiu com a cabeça, sorrindo.
“Isolde...minha querida”.
Tristan entrou no corredor, com a chave em mãos para a cela de sua amada. Ele se dirigiu á porta do local e a destrancou. Ao entrar na cela, Isolde se jogou nos braços de Tristan e os dois se beijaram. Ela poderia estar vestindo roupas simples e desbotadas de serviçal, mas ela continuava linda. Seu rosto continuava magistral, mesmo que um pouco sujo.
Sentiu minha falta? Perguntou Tristan com um sorriso bobo no rosto.
Obviamente, meu cavaleiro metido. Respondeu Isolde, rindo. Alguma novidade?
Bem...mais uma invasão de bárbaros das Terras do Norte foi impedida com sucesso...
Que orgulho
...e eu tive uma idéia, na minha humilde opinião, fantástica.
Que seria?
Fugir daqui. Com você.
Como?
Nosso querido carcereiro Wilhelm pode nos ajudar.
O gigantesco guerreiro apareceu atrás deles.
Não seria a primeira vez que eu estaria ajudando vocês, sabe? Wilhelm falou em um tom meio convencido, quase soando heródico, com sua voz rouca e grave. Eu permito que vocês se encontrem aqui, não?
Mas você concorda em continuar nos ajudando, certo? Disse Tristan, pretensiosamente.
Mas é claro. O carcereiro sorriu.
Mas...por quê? Perguntou Isolde, sem saber de onde vinha tanta generosidade. Só por Tristan ser um Capitão?
O amor pode não ter dado certo para mim, mas pode para vocês. Disse Wilhelm, sério. Eu perdi minha amada há muito tempo. Também perdi minha vontade de lutar, Não tinha mais nada que me motivasse. Aceitei esse emprego...mas nem sei o porquê. Pelo dinheiro, talvez. É pouco, mas era o suficiente para me embebedar ao fim de cada dia. Não entendia porque minha existência continuava. Mas agora... Ele apoiou a mão esquerda no ombro de Tristan, e a direita no de Isolde. ...acredito que eu não posso morrer. Pelo menos, não enquanto vocês não estiverem juntos. Ele sorriu. A vida de vocês só está começando.
Temos que decidir ainda para onde vamos, mas podemos pegar um cavalo nos estábulos da cidade, talvez quando eu voltar de uma missão. Disse Tristan para Isolde. Podemos fugir daqui. Podemos ser felizes juntos, longe daqui. Daremos um jeito, tenho certeza. Ele segurou as mãos dela. O que você me diz?
Você é um tolo, sem dúvida. Disse Isolde. Planeja os fins, mas não os meios. Não sei como alguém tão inconsequente pode ter sido nomeado Capitão.
E...?
E...eu te amo e vamos juntos viver nossa vida longe daqui. Eles se beijaram.
Eu também te amo, Isolde.
Que fofos. Disse Wilhelm num tom de voz bem estúpido. Parece que foi ontem que eu concedi a Tristan o direito de entrar aqui para falar com Isolde por ser um bom rapaz. Após essas semanas juntos, já se amam e tem planos para viverem juntos para todo sempre. Gosto de pensar que isso não seria possível sem minha ajuda.
Claro que seria impossível. Disse Isolde, sorrindo para Wilhelm.
Concordo. Disse Tristan. Nunca podemos lhe agradecer o suficiente, Wilhelm. Agora, por favor, nunca mais diga “que fofos”. Não combina com você.
Os três riram.
Bem...então após sua próxima missão, você deixará seu cavalo fora da cidade e o que? Perguntou Isolde.
É só você se fingir de morta. Disse Wilhelm para Isolde. Caso eu confirme, você poderá ser enterrada no cemitério fora da cidade, já que você não é cidadã. Eu posso te levar até o local, juntamente com o padre da Luz e o coveiro, que tem presença obrigatória nos funerais. Eu posso me livrar deles com facilidade. É um cemitério para não-cidadãos, não é muito protegido, talvez nem tenha guarda, e muito menos testemunhas. Posso afirmar depois que a morte dos dois foi obra de um assassino qualquer.
Você pode me esperar no próprio cemitério. Disse Tristan. Em um lugar deserto como o cemitério, ninguém desconfiaria que um Capitão do exército estivesse fugindo com uma ex-escrava, não?
A apresentação do plano está boa, pelo menos. Disse Isolde. Espero que dê certo.
Vai dar tudo certo. Disse Tristan. Seus olhos brilhavam. Pode confiar.
Os dois se abraçaram forte. Wilhelm sorriu.
Avise-me quando for a próxima missão para planejarmos tudo. O carcereiro olhou para as outras celas. Espero que ninguém daqui ouse dizer nada sobre isso, certo!?
Nenhum pio vinha dos outros escravos.
Fique tranqüilo. Riu Tristan. Nada nesse plano dará errado. Ele se voltou para Isolde. Na próxima vez que nos virmos, estaremos indo rumo a uma nova vida.
Sim! Ela concordou e o beijou.
Daqui a pouco eu volto. Não mais que alguns dias. Prometeu Tristan.
Ele saiu da cela e depois se despediu de Wilhelm.
Até a próxima, Capitão.
Até, caro amigo.
Eles se abraçaram.
“Tinha uma lágrima escorrendo no rosto dele...?”.
Tristan saiu do castelo enquanto alguém o observava.

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